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Nova edição do manual de conservação e reúso da água

A coordenadora técnica do Comasp (Comitê de Meio Ambiente) do SindusCon-SP, Lilian Sarrouf, anunciou que já seguiu para impressão uma nova versão atualizada do Manual de Conservação e Reúso da Água, lançado em 2005 por SindusCon-SP, Fiesp e Agência Nacional de Águas, e que teve uma segunda versão em 2006. A publicação é voltada para construtoras, incorporadoras, projetistas, gestores públicos e privados.

O anúncio foi feito no evento “Água, uma responsabilidade de todos”, realizado em 10 de fevereiro pela Docol no Hotel Emiliano, em São Paulo. Nos debates, Lilian questionou o jornalista Heródoto Barbeiro, moderador do debate, sobre como poderiam se divulgar melhor ações e propostas positivas para o uso racional da água. Ela citou que, apesar de todo o trabalho feito pela indústria da construção para o uso racional da água, muitos clientes do setor imobiliário ainda não valorizam os empreendimentos.

O jornalista admitiu a necessidade de uma comunicação melhor para se promoverem mudanças, por meio de uma agenda pró-ativa da imprensa. E defendeu um trabalho voluntário que ele faz em uma ONG de proteção de nascentes, sobre o uso racional da água em chácaras e sítios próximos a uma Área de Proteção Ambiental.

Participaram da mesa de debates os professores Orestes Marracini Gonçalves, coordenador técnico do Pura (Programa do Uso Racional da Água da USP), e Lucia Helena de Oliveira, do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Poli USP; Ricardo Reis Schain, gerente de divisão do Programa Uso Racional da Água da Sabesp; Plínio Tomaz, ex-presidente da SAAE de Guarulhos e coordenador da norma técnica de uso de água de chuva; e Eduardo Pacheco, da Companhia de Abastecimento de Mogi. Além do SindusCon-SP, participaram do encontro representantes de Secovi-SP, Abrasip, CBCS, outros técnicos e jornalistas.

Em sua apresentação, Lucia Helena destacou três aspectos importantes para conservação da água: uso ético; condições hidráulicas de edifícios e investimento em tecnologia. Na avaliação de Pacheco, a falta de um plano de segurança da água é uma das questões mais alarmantes. “A situação é muito mais grave do que se tem colocado. Comemorar que o nível da Cantareira tem subido meio centímetro é ridículo!”, afirmou.

A maioria das perguntas e críticas sobre a crise hídrica foi endereçada ao representante da Sabesp. Os professores destacaram a dificuldade do reúso de água por desconhecimento da população de como administrá-lo. Orestes criticou a qualidade dos equipamentos e defendeu que atendam às exigências do PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat). Secovi-SP e Sabesp informaram o início de um trabalho de redução do consumo da água em condomínios.

Também foram discutidos temas como mudanças climáticas e seu impacto na crise hídrica; planejamento, abastecimento, coleta e tratamento de esgoto; reúso em edifícios e reúso direto (tratamento de esgoto e posterior envio para as represas); comportamento dos usuários; norma técnica de uso racional da água e uso do insumo de lençol freático, poços e caminhões-pipa.

Fonte: Sinduscon-SP

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