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Setor da construção demanda redução de emissões e resíduos

Além de ser um dos setores que mais consomem recursos, a construção civil é também campeã em geração de resíduos. É um tema que deve chamar a atenção porque, só no Brasil, estima-se que, até 2022, serão necessárias 23 milhões de novas moradias, conforme estudo publicado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção.

Tecnologias que permitem a industrialização da construção trazem como grande contribuição, além da produtividade, a redução significativa dos resíduos no canteiro de obras. É o caso dos sistemas construtivos isotérmicos em painéis sanduíche de poliuretano. É um sistema que se adequa a vários tipos de projetos com as peças encomendadas nas medidas exatas, garantindo baixa geração de resíduos. A taxa de desperdício do material é de apenas 0,5%, o que representa oito vezes menos perdas do que o sistema tradicional. O material é utilizado em grandes empreendimentos, como galpões industriais e alojamentos de grandes obras, mas pode ser aplicado também em construções de conjuntos habitacionais. A Casa Econômica, por exemplo, é um protótipo construído pela BASF, em São Paulo, usando esse sitema. A economia de recursos também é relevante, já que não é necessária água em nenhuma etapa do processo produtivo, desde a fábrica até a instalação no local da obra.

Além das novas construções, os projetos de restaurações e reparos também demandam por produtos modernos e sustentáveis. Espumas expansivas aplicadas in loco em forma de spray, o Elastospray, que oferecem isolamento térmico superior, também garantem proteção ambiental, atendendo a demanda por métodos de construção rápidos, simples, econômicos e sustentáveis. A inovação da indústria nesse sentido está na substituição de hidrofluorcarbonetos (HFCs), que são convencionalmente utilizados como agentes de expansão em espumas, por alternativas mais ecológicas. Elas atendem à regulamentação da União Européia, que busca um corte de dois terços nas emissões dos gases fluorados, que apresentam alto potencial para aquecimento global, até 2030. Esses materiais também são considerados seguros segundo as normas de incêndio

A indústria tem a demanda de desenvolver continuamente novos produtos que reduzam os resíduos, permitam diminuição nas emissões de gases de efeito estufa e o uso sustentável dos recursos.

Eliandro Barbosa Felipe, engenheiro e gerente de Materiais de Performance para os segmentos de Construção Civil e Industrial da BASF América do Sul.

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