Participação feminina em canteiros de obras da MRV Engenharia cresce 40% em São Paulo e no Vale

Cada vez mais as mulheres estão avançando em áreas consideradas estritamente masculinas. Uma delas é no setor da construção civil.  Na maior construtora de moradias populares do País, a MRV Engenharia, um grupo de 3289 mulheres atua nas 144 cidades onde a empresa opera nas mais diversas funções: desde cargos administrativos dentro e fora dos canteiros de obras como também na área de engenharia no comando de equipes formadas majoritariamente por homens. Na Regional da MRV em São Paulo e no Vale do Paraíba, por exemplo, o número de mulheres contratadas pela empresa saltou de 196 em 2011 para 275 em 2016. Um aumento de 40%!

Para Helaine Borges dos Santos, coordenadora do Departamento Pessoal da MRV em São Paulo, há uma explicação clara para este aumento. “As engenheiras, por exemplo, têm  qualidades e competências que são valorizadas pelos homens num canteiro de obras, como método, disciplina e sabem conduzir melhor um problema quando falta comunicação”, explica a coordenadora. Existem outras funções num canteiro de obras em que  o sexo feminino também costuma ter um desempenho melhor do que dos homens como no rejunte de piso e na colocação de azulejos. “As mulheres são mais detalhistas e fazem o trabalho com maior zelo se comparados aos pedreiros”, diz ela.

No maior empreendimento da MRV no País, o Grand Reserva Paulista, que será lançado no próximo dia 10 de março em Pirituba, o planejamento das 48 torres que  deverão ser erguidas nos próximos quatro anos será conduzido por uma mulher. A engenheira Cintia Beitler Arantes comanda diretamente e indiretamente mais de 100 pessoas entre engenheiros, encarregados e coordenadores que se reúnem semanalmente sob o comando dela para checar se as planilhas de controle estão sendo seguidas à risca. “Quando comecei neste cargo há quatro anos, os homens achavam esse controle uma bobagem”, diz ela que ingressou na MRV como estagiária em 2008. “Hoje todos reconhecem a importância deste trabalho de acompanhamento durante a fase de construção,  tanto que serão contratadas mais três engenheiras para me ajudar a coordenar o planejamento deste gigantesco empreendimento”, conta ela.

A satisfação da engenheira é enorme ao perceber o avanço desta área no setor de construção civil e o resultado que trouxe para a empresa. “Antes os operários não tinham metas nem prazos claros para seguir. Hoje, isso está complemente diferente, onde cada um sabe o que fazer, como fazer e quando devem entregar, com muito  menos desperdício e maior eficiência”, explica ela.