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Cresce em 36% número de arquitetos que atuam na Bahia

A Bahia registrou o acréscimo de 36% de arquitetos e urbanistas em atividade, entre os anos de 2012 e 2016, segundo o Anuário de Arquitetura e Urbanismo Brasil 2016, divulgado no começo do mês pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU-BR).

Depois de trabalhar por sete anos em Buenos Aires, na Argentina, a arquiteta Aline Ventan resolveu voltar para Salvador, sua cidade natal. Quando pisou na capital, há quatro anos, encarou os desafios de um mercado competitivo, resultado do progressivo aumento de profissionais da área.

“O mercado de arquitetura da Bahia, assim como em outras regiões do país, é bastante disputado. Com a crise do setor da construção nacional, por volta de 2015, a área ficou ainda mais acirrada”, diz Aline.

Para a arquiteta, a atuação dos profissionais que trabalham na Bahia é voltada para serviços relacionados com o interior do imóvel, especialmente as reformas de estruturas. Aline concentra os trabalhos em regiões do litoral norte do estado, com a maior elaboração de projetos na Praia do Forte, em Mata de São João, local onde existe a aglomeração de casas de veraneio.

Reformas

Na Bahia, dentro do período de 2012 a 2016, as atividades de arquitetura e urbanismo subiram 30%, de acordo com o anuário do CAU-BR. Atualmente, com a maioria dos trabalhos no estado voltada para a reforma de imóveis, Aline passou a desenvolver projetos temporários em Londres, na Inglaterra, onde atua na construção de casas, função que deseja exercer com mais frequência no Brasil.

“A crise do setor imobiliário do país reduziu o volume de construção de novos empreendimentos, segmento em que amo atuar. Como solução e movida pelo fato de ter amigos em Londres, decidi atuar em projetos no exterior. Hoje tento conciliar a rotina entre o que desenvolvo no Brasil e lá fora”, conta a arquiteta.

Espaços de atuação

Segundo o arquiteto Maurício Muiños, conselheiro titular do CAU da Bahia, os arquitetos estão concentrados em poucas cidades da Bahia, dos 412 municípios, apenas 92 têm profissionais da área. A realidade contribui para a menor participação de arquitetos na construção civil.

“Como resultado da falta de arquitetos nos municípios, principalmente no interior do estado, há ainda projetos que são feitos sem os profissionais. Existem casos de prefeituras que até contratam leigos para pensar a parte de urbanismo das cidades”, lamenta Muiños, que recomenda aos profissionais investir na capacidade de planejar obras estruturantes.

Existem cerca de 679 empresas de arquitetura e urbanismo na Bahia, de acordo com o anuário do CAU-BR. Na Pituba, uma delas é o escritório da Bastos & Duarte Arquitetos Associados, aberto em 2013.

Resultado do desejo dos arquitetos Victor Duarte e Bruno Bastos de atuar em diferentes segmentos da área. Os projetos de apartamentos são responsáveis por boa parte da receita financeira do negócio.

“Hoje nosso escritório atua em projetos de edificações, casas, arquiteturas de interiores com foco em comerciais e residenciais. Com o mercado imobiliário quase estagnado, os projetos de interiores têm aparecido com mais frequência, principalmente os comerciais”, explica Duarte.

Os arquitetos esperam pela retomada do mercado imobiliário, momento em que pretendem expandir os projetos de edificações, ficando mais próximos das iniciativas da construção civil.

Fonte: A Tarde

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