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Brasileira vai a Boston para expandir delivery de hamburgueres que fatura R$ 33 milhões por ano

Camila Guerra começou em quintal de Contagem-MG e busca investimento; competitiva com gigantes do ramo, rede de 24 lojas próprias em seis estados deve chegar a 60 unidades em 2022 

Quando grandes redes internacionais ainda nem faziam entregas no Brasil, a mineira Camila Guerra, 32 anos, abriu em 2015 uma hamburgueria dentro de casa, obstinada a entrar para o top 10 do ranking nacional de fastfood. Hoje, seu faturamento à frente da American Burger Delivery é de R$ 33 mi por ano, com uma rede bem-estruturada de 24 lojas espalhadas em seis estados.

A meta de chegar a 60 unidades está no plano de expansão para 2022 e, de olho nos EUA, a empresária esteve em Boston no início de abril para receber mentoria e fazer conexões com investidores para a possibilidade de inaugurar loja em território americano, além do nacional.

Com um fogão, uma panela e R$ 800 no bolso, há sete anos Camila criou sua própria receita de molho e começou a fazer entregas de lanches em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. A ideia surgiu quando ela, com vontade de pedir um hambúrguer, não pôde ser atendida porque morava fora do raio de atuação de um delivery da capital.

Decidida a acabar com o problema, Camila colocou uma meta na cabeça: ter uma rede de hamburguerias que atendesse com eficiência todas as pessoas que ligassem para sua loja. Em cinco anos, já somava 24 estabelecimentos próprios em seis estados brasileiros.

Faturamento e expansão

Na pandemia, quando rumores ameaçavam a economia e, mais especificamente, o varejo, Camila dobrou seu faturamento com a venda de hambúrgueres no delivery. Hoje, já fala em R$ 33 mi de retorno por ano, com planos de atrair investidores para a expansão dos negócios até mesmo para a abertura de loja nos EUA.

A meta é atingir 60 unidades ainda neste ano, considerando Boston (EUA) entre as inaugurações programadas para o período –não à toa, a empresária fica na cidade norte-americana nesta primeira quinzena de abril, com foco em rodas de negociação. No momento, planeja validar sua receita em outros estados brasileiros onde ainda não tem loja, a exemplo de cidades do Nordeste.

Identidade de sucesso

Não foi sem pensar, inclusive, que Camila Gomes escolheu um nome em inglês para o seu negócio, o American Burger Delivery: talentosa e apaixonada por marketing, a empresária fez questão de seguir padrão internacional na criação de uma identidade forte e competitiva para a comunicação visual de seus serviços.

“Desde o início, vejo as pessoas se surpreenderem ao saber que somos do Brasil. Como o brasileiro sempre deu mais valor ao que é de fora, a estratégia foi exatamente esta: fazer o cliente pensar que somos concorrentes do McDonald’s e do Burger King. Mas a verdade é que, além de termos alto padrão como eles, temos o diferencial do gostinho brasileiro no produto”, conta Camila Guerra.

Segundo a empreendedora, se a American Burger Delivery fosse uma pessoa, seria daquelas que nascem com sorte. “Mas não foi sorte. Atribuo o sucesso que temos tido à minha capacidade de realizar tudo o que imagino. Sempre que tenho uma ideia, vou lá e executo. Assumo riscos, encaro as dificuldades e tomo decisões”, revela.

Versatilidade no comando

Empreendedora nata e 100% dedicada à empresa, Camila não se deixa intimidar pelas crises. Um exemplo foi durante a greve dos caminhoneiros que acabou com a gasolina em BH e parou o comércio em 2018: ela tirava combustível de carros de uma locadora de automóveis e mantinha as entregas, superando parte da concorrência.

Quando completou seis meses de existência, ainda, a American Burger viu surgir duas startups de delivery: iFood e Rappi. Após avaliar as circunstâncias, Camila optou por terceirizar as entregas e canalizar energia no aumento das vendas.

“Com a chegada destes aplicativos no mercado, a American Burger experimentou um crescimento que jamais podia esperar. Dobramos de tamanho. Abrimos lojas físicas para experimentar um novo modelo de negócio e, na inauguração de uma delas, tivemos filas que davam volta no quarteirão”, lembra.

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