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4 vantagens para setor de Bares e Restaurantes aderirem ao Mercado Livre de energia

Com a nova medida válida a partir de 2024, empresas do setor alimentício conectadas a Alta média tensão também poderão tomar à frente de suas decisões energéticas. Especialista explica os motivos pelos quais as empresas do segmento devem aderirem ao ambiente de livre contratação

São Paulo, dezembro de 2023 – Segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 56% das indústrias do mercado cativo desejam migrar para o mercado livre de energia. Isso significa que essas empresas, – hoje atendidas pela distribuidora de energia da região sem o poder de negociação do preço referente ao serviço prestado -, passam a ter acesso ao Mercado Livre, a partir de 1º de janeiro de 2024, de acordo com a Portaria nº 50/2022 do Ministério de Minas e Energia (MME).

É uma libertação, afinal os consumidores de pequeno porte, que possuem faturas de energia a partir de R$10 mil por mês e que estejam ligadas em alta tensão, também estarão empoderados para as tomadas de decisão na contratação de energia elétrica”, explica Débora Cruz, Head de comercialização varejista na Bolt Energy. Ela ainda completa que a automatização e digitalização dos processos ajudará a facilitar a complexidade do setor, além de melhorar o atendimento ao cliente no pós-vendas.

Colocar na ponta do lápis o consumo de energia em um bar ou restaurante pode ajudar o gestor. Tomar decisões como escolher sua própria energia, trocar de equipamentos antigos por novos e com maior eficiência energética, fazer manutenções preventivas e periódicas de aparelhos, substituir luzes e sistema elétrico ou, até mesmo, mudar no interior do espaço, podem ajudar dentro de todo contexto na conta de luz.

Ainda de acordo com a pesquisa da CNI, hoje, só cerca de 10,5 mil empresas industriais operam nesse modelo em que o consumidor negocia direta e livremente com as empresas geradoras ou comercializadoras de energia. Nesse sentido, a especialista comenta 4 vantagens da migração para as empresas do setor:

  1. Contratação: Poder ter o livre arbítrio para escolher uma empresa que realize todo o processo de migração e intermedia a comunicação com a distribuidora e com a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). Fica à cargo da empresa, responsabilidades como informar à distribuidora, adaptar a cabine de energia, finalizar a migração junto à câmara de comercialização e enviar a fatura com o desconto aplicado ao cliente;
  2. Preço: Permite que o consumidor tenha risco zero no mercado através de desconto garantido, a partir de 25%, com fatura única e migração simplificada;
  3. Previsibilidade e Segurança: Com menos burocracia que o mercado livre tradicional, é possível pagar apenas pelo que é consumido. Isso acarreta em uma atuação mais segura e de confiança.
  4. Gestão Sustentável: Será possível apostar na contratação de empresas que trabalhem com energia vinda de fontes renováveis, como as fotovoltaicas, eólicas e/ ou a gás. Elas também geram economia e têm apelo sustentável nos negócios.

Como realizar a migração?

Para entrar para o mercado livre varejista é necessário realizar a rescisão contratual do atual contrato com a distribuidora local. A comunicação da rescisão tem que respeitar os 180 dias de antecedência do fim da vigência do contrato. Após isso, será realizado uma adequação física na cabine de energia, a troca do medidor e a formalização de alguns documentos solicitados pela distribuidora. Por fim, é realizada a validação e aprovação pela distribuidora e CCEE. Depois dessa fase, é só aguardar o início das operações no Mercado Livre.

Sobre o Grupo Bolt:

A Bolt é uma gigante do setor de energia que tem faturamento superior a R$1 Bi. A empresa tem Gustavo Ayala como CEO e Henrique Campos como COO. É um grupo formado por três frentes, a Bolt Energy que opera no mercado livre para grandes consumidores (quem tem tamanho suficiente para escolher operar sua energia), a Bolt Pro, que desenvolve projetos e alimenta a Bolt Energy e também a terceira subsidiária do grupo, a Bow-e. Ela opera no mercado regulado, atendendo o B2B e o B2C. Com essa operação, a empresa espera ter até 250 MW de energia vendidos no Brasil até fim de 2024, tornando-a uma das mais relevantes no mercado brasileiro. A Bow-e representará nos próximos dois anos cerca de 15 a 20% da atuação do grupo, gerando um faturamento de cerca de R$360 milhões.

Sobre a especialista:

Débora Vieira Cruz é especialista em energia de varejo no Grupo Bolt Energy e acumula experiência no setor de energia há anos. Antes da Bolt, Débora atuou como gerente de contas na Engie e na Energias de Portugal (EDP), empresa do setor energético, verticalmente integrada, com uma posição consolidada na Península Ibérica. Débora é Engenheira Civil e também já atuou em empresas como Gappe Engenharia. A especialista trabalhou em projetos de migração para o mercado livre de energia das agências do Banco Santander e na melhoria do processo de avaliação de NPS da Salesforce.

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