O Portal 2A+ Construção entrevistou Marcelo Fiszner, diretor de Marketing da Dow para o negócio de Poliuretano na América Latina. Marcelo juntou-se à Dow em 1987 como TS & D de Poliuretano em San Lorenzo, Argentina. Após 24 anos na área técnica, em 2011, se tornou diretor comercial e mais tarde assumiu o cargo de diretor de Marketing da Dow para o negócio de Poliuretano na América Latina. Fiszner é formado em Engenharia Química pela Universidade Nacional de Mar del Plata, Argentina. Ela fala sobre as soluções da Dow para a área de infraestrutura e destaca o compromisso com a sustentabilidade dos produtos citados.
Confira.
Quais as soluções que a Dow possui para a área de infraestrutura?
R.: Entre as diversas soluções da Dow para a área de infraestrutura, destacamos os painéis termoisolantes, que representam uma solução versátil para a indústria e podem ser feitos com diversos tipos de núcleos isolantes. Os produtos desenvolvidos pela Dow e seus parceiros são feitos de espumas de Poliuretano (PUR) / Poliisocianurato (PIR) e oferecem mais estabilidade e resistência, podendo ser utilizados em diversas aplicações.
Descreva as características dos produtos citados e suas aplicações?
R.: Para isolamento térmico, a Dow trabalha em duas frentes principais: Refrigeração doméstica e comercial e Construção.
Para o mercado de construção, a Dow oferece Sistemas de poliisocianurato VORATHERM™, que atendem às normativas mais rígidas de resistência e reação ao fogo, oferendo diversas oportunidades para os fabricantes de painéis rígidos e de outros tipos, termoisolantes para a construção. A tecnologia oferece um excelente equilíbrio entre custo, produtividade e benefícios ao meio ambiente.
Os núcleos térmicos de espuma de poliuretano produzidos pela Dow conjuntamente com parceiros têm propriedades específicas ímpares e atuam na redução da troca térmica entre os ambientes interno e externo. Eles oferecem mais estabilidade dimensional e resistência à compressão. Como são mais versáteis, contam com diversos tipos de aplicações e podem ser injetados, moldados ou ter forma de chapas. Podem ser empregados em edificações comerciais, residenciais, industriais, de logística, shopping, supermercados, entre outros. A utilização dos painéis oferece excelente isolamento térmico (baixo coeficiente de condutividade térmica na faixa de 0,021 W/m.K). Além de otimizar a eficiência energética e o conforto térmico das edificações, também têm alta resistência mecânica (compressão, tração e fadiga) e possuem estabilidade química e física.
O uso de painéis termoisolantes oferece diversas vantagens técnicas que fazem desta solução uma escolha mais inteligente para obras de todos os tipos e tamanhos:
– Leveza, diminuindo significativamente o número de terças (viga de madeira que sustenta os caibros do telhado) nos telhados. Em um galpão industrial, por exemplo, uma cobertura convencional, com madeira, requer terças a cada 1600mm; já uma cobertura com painéis, requer terças a cada 3000mm, ou seja, uma economia de 46% nas terças;
– Força estrutural, boa adesão a superfícies de metal;
– Excelente isolante térmico (baixo coeficiente de condutividade térmica, na faixa de 0,021W/m.K), reduzindo os custos com climatização e ar condicionado em até 70%;
– Conforto térmico;
– Alta resistência mecânica (compressão, tração e fadiga);
– Atende as rígidas normas internacionais de reação ao fogo;
– Estabilidade química e física;
– Resistência ao ataque de roedores, insetos e fungos;
– Facilidade de aplicação;
– Conformidade com os Protocolos de Montreal e de Kyoto;
– Geração mínima de resíduos e utilização mínima de água.
De que forma essas soluções estão alinhadas com o conceito de sustentabilidade?
R.: No segmento de construção, a utilização dos painéis termoisolantes é uma solução alinhada às necessidades do mercado atual. Uma opção econômica, sustentável e com impacto positivo na produtividade de toda a obra:
– Não utiliza água na sua fabricação;
– Redução de produção de resíduos na obra, já que são feitos sob medida, tornando a obra mais limpa;
– Otimização do espaço no canteiro de obra (ocupa menos espaço do que tijolos, por exemplo); e o espaço final fica maior;
– Minimização da necessidade de mão de obra em relação ao sistema convencional;
– Uso de mão de obra qualificada, o que aumenta a produtividade nos canteiros;
– Diminuição de tempo de construção: em até 50%;
– Agilidade e segurança na instalação (Dados da ABIQUIM mostram que a montagem do telhado de uma residência, feita por quatro pessoas, com painéis, dura apenas 5 horas; já com telha cerâmica, demora cerca de quatro dias);
– Redução nos custos de construção.
Uma pesquisa da ABIQUIM mostra que, com a utilização de painéis PUR & PIR para a construção civil, a redução no consumo de energia de uma edificação pode chegar até em 50%.
Ainda existe um grande preconceito em relação ao uso de materiais isolantes com relação ao custo. As empresas/clientes enxergam apenas o custo inicial para implementação de painéis termoisolantes, que aumenta no máximo de 5% a 7% em relação a um projeto que utiliza materiais tradicionais, e não fazem o cálculo da economia de médio e longo prazo, gerada pelo menor uso com ar condicionado ou aquecimento. O impacto ambiental (com a energia) não é levado em consideração. Na visão da Dow, a energia mais sustentável é aquela que não se usa e a melhor forma de não usar energia é fazer isolamento térmico. E o melhor isolante existente no mercado é o poliuretano.
Há muitos projetos realizados com excelentes resultados. No entanto, o mercado de construção brasileiro ainda faz pouco isolamento e a Dow tem trabalhado para difundir os benefícios que essa solução pode trazer para a cadeia da construção.
Currículo resumido do entrevistado.
R.: Marcelo Fiszner, diretor de Marketing da Dow para o negócio de Poliuretano na América Latina.
Marcelo juntou-se à Dow em 1987 como TS & D de Poliuretano em San Lorenzo, Argentina. Em 1992, mudou-se para Midland (EUA), para fornecer apoio técnico para a região norte da América Latina.
Em 1995 foi transferido para São Paulo (Brasil) para coordenar o grupo latino-americano de látex. Após 3 anos (1998), retornou para a Argentina (Bahía Blanca), para consolidar os laboratórios de pesquisa e desenvolvimento da Dow e Polisur. Em 2001, retornou para o Brasil (SP) para executar uma série de papéis de liderança em diversos negócios da Dow, como Plásticos, Produtos Químicos Especializados e Poliuretanos. Desde 2007, trabalha exclusivamente em Poliuretanos. Após 24 anos na área técnica, em 2011, se tornou diretor comercial e mais tarde assumiu o cargo de diretor de Marketing da Dow para o negócio de Poliuretano na América Latina.
Marcelo é formado em Engenharia Química pela Universidade Nacional de Mar del Plata, Argentina.