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Industrialização da construção civil: de tendência à realidade
PUC de Goiânia. Divulgação Isoeste

Industrialização da construção civil: de tendência à realidade

PUC de Goiânia. Divulgação Isoeste

PUC de Goiânia. Divulgação Isoeste

Rapidez na construção, redução de desperdícios, baixo consumo de água, redução de incômodos à vizinhança no canteiro de obras . Esses e outros benefícios fazem de produtos e sistemas industrializados uma realidade na construção civil brasileira.  Essa é a opinião de especialistas no assunto como o engenheiro civil Marcos Casado, diretor técnico e comercial na Sustentech Desenvolvimento Sustentável, empresa com mais de 200 projetos em certificação LEED, AQUA e PROCEL. Casado coordena os cursos de Pós Graduação em Construções Sustentáveis e o de Cidades, Bairros e Condomínios Sustentáveis do INBEC /UNICID, atuando também como professor. Foi diretor técnico e educacional do Green Building Council Brasil.

Foto - MarcosCasado

Marcos Casado, diretor técnico e comercial na Sustentech.

“Com o aumento da construção sustentável e a atual crise hídrica em várias capitais brasileiras, a construção seca (industrializada) está tendo cada vez mais adeptos por se tratar de uma tecnologia mais limpa, segura e de rápida execução, possibilitando a redução de desperdícios e a geração de resíduos no canteiro de obra”, resume.

Anderson Ortiz, coordenador de produtos da Isoeste, concorda. “Produtos e sistemas industrializados são uma realidade em países desenvolvidos porque a variável tempo é importantíssima, além da otimização de materiais ou mesmo eliminação, como por exemplo a água, e redução do uso de outros sistemas em função da redução de peso da construção, bem como a escassez de mão-de-obra para sistemas convencionais”, diz.  “O investidor que faz a conta de quanto irá se beneficiar monetariamente com a antecipação da entrega da obra, acaba utilizando sistemas industrializados, como shoppings, supermercados, etc”, acrescenta.

Willian

Willian Yossuke Konishi, da Inovatech Engenharia

Para o coordenador da equipe técnica em construções sustentáveis da Inovatech Engenharia, Willian Yossuke Konishi,  a industrialização é tendência no país por diversos fatores, entre eles, a desaceleração recente da economia, o que faria com que as empresas do setor da construção civil busquem a redução de custos e o aumento da produtividade. “Nesse sentido, se aplicada corretamente, a industrialização é de extrema importância, pois racionaliza processos, minimiza o consumo de recursos e reduz o desperdício de materiais em toda a cadeia. Com a mudança do cenário econômico e a projeção de queda do PIB para este ano, é necessário que a construção civil, assim como os demais setores, estejam preparados para os novos desafios que vive o país”, analisa.

Obstáculos

Marcos Casado acredita que a baixa mecanização dos canteiros e baixa qualificação técnica da mão de obra da construção civil são os maiores entraves para o crescimento da industrialização na construção. Anderson Ortiz também destaca a qualificação dos operários como grande problema: “Em qualquer sistema construtivo industrializado é necessário uma boa qualificação da mão-de-obra para que os benefícios que podem gerar se concretizem. Além disso não são todos os clientes que levam em conta a antecipação da obra como um benefício”, afirma.

Aeroporto de Guarulhos (1)

Aeroporto de Guarulhos. Divulgação Isoeste

Sistemas disponíveis

Praça Uberlândia Shopping

Praça Uberlândia Shopping. Divulgação Isoeste

Dentre os  sistemas industrializados existentes tanto para construções residenciais, como comerciais e industriais, Casado ressalta os sistemas modulares como os  que geram maior benefícios não só pela sua execução, mas também pela possibilidade de reúso destes materiais em qualquer ampliação ou alteração de lay-out dos empreendimentos. “Entre eles podemos destcar os pré moldados, estruturas metálicas aparafusadas, Sistemas Steel Frame, Sistemas em EPS armado, Sistemas drywall, Pisos Intertravados, Forros modulares, etc.”

Como solução dentro do universo desses sistemas, Anderson Ortiz, coordenador de produtos da Isoeste,  indica painéis isotérmicos, fachadas ventiladas, gesso acartonado e placas cimentícias.

Escritório Arquitetura Dória Lopes Fiúza

Escritório Arquitetura Dória Lopes Fiúza. Divulgação Isoeste

Konishi destaca o sistema de estrutura metálica, pré-moldado de concreto, steel frame, wood frame com fechamentos em placa cimentícia, OSB e drywall.  Em alguns casos, segundo ele, o mais apropriado é utilizar a sinergia dos diversos sistemas para um projeto mais eficiente. “Por exemplo: podemos fazer um edifício em estrutura pré-moldada, com fechamento externo em placas cimentícias, fechamentos internos em drywall e estrutura de cobertura metálica”, diz.

Ele considera de similar importância que a escolha do sistema construtivo seja considerada desde a concepção do projeto até a execução da obra. “Por exemplo: caso se opte pela utilização de drywall nos fechamentos internos, é importante que desde a fase de concepção do projeto seja

Shopping Riomar. Divulgação Isoeste

Shopping Riomar. Divulgação Isoeste

planejado o tamanho dos ambientes de forma que o mesmo siga uma modulação que minimize ao máximo o corte das peças, tornando o processo realmente eficiente e consequentemente reduzindo o consumo de materiais, geração de resíduos e aumentando a produtividade. O investimento feito na fase de projetos pode trazer uma grande economia na etapa de obras”, afirma.

Redação: Portal Construção a Seco

 

 

 

 

 

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