Capa » Certificação » Museu do Amanhã adota soluções sustentáveis
Museu do Amanhã adota soluções sustentáveis
Vista externa

Museu do Amanhã adota soluções sustentáveis

museu_destaque

Fotos: Portal Construção a Seco

O Portal Construção a Seco esteve no dia 19 de dezembro último na inauguração do Museu do Amanhã, erguido no Porto Maravilha sobre a Baía de Guanabara. Projeto assinado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava, o edifício de 15 mil m², de formas orgânicas inspiradas nas bromélias do Jardim Botânico, é marcado pela preocupação com a sustentabilidade. Antes mesmo de ficar pronto, o projeto já se mostrava diferente, uma vez que, mesmo gerando uma quantidade de lixo com a qual seria possível encher cerca de 570 caminhões caçamba, 85% desse material foram destinados às indústrias de reciclagem, gerando um baixo impacto ambiental decorrente do descarte de entulho.

IMG_1942O edifício possui dois andares conectados por rampas, que facilitam o acesso e a circulação, e é cercado por espelhos d’água, ciclovia e equipamentos de lazer na área de 30 mil m². O design do prédio exigiu uma obra complicada. A forma curva e longilínea moldada com concreto teve como objetivo respeitar e deixar visível o conjunto arquitetônico do entorno – o Mosteiro de São Bento; o edifício A Noite, primeiro arranha-céu da América Latina e sede da Rádio Nacional; o Museu de Arte do Rio – MAR.

O primeiro andar abriga um auditório com 400 lugares, área para mostras temporárias, restaurante, cafeteria e loja. O segundo, sob a cobertura de 10 m de altura, dedica-se à exposição de longa duração e oferece vista panorâmica para a Baía de Guanabara.

O projeto também privilegia a entrada de luz natural em todo o edifício: grandes aberturas com vidro em esquadrias retangulares ocupam as fachadas e em esquadrias triangulares, as laterais. A construção busca a certificação LEED, concedida pelo Green Building Council (USGBC). Em função disso, usa os recursos naturais visando à economia energética. Por exemplo, a cobertura do prédio é composta de 48 grandes estruturas de aço que se movem como asas ao longo do dia, de acordo com a posição do Sol, e servem de base para paineis fotovoltaicos, otimizando a captação de energia solar.

Outro detalhe é que a água da Baía de Guanabara é empregada na climatização das áreas internas e reutilizada no espelho d´água. Para isso, seis bombas instaladas no subsolo do prédio retiram as águas frias do fundo da Baía (em média, a temperatura encontrada no mar do Rio de Janeiro está entre 18°C e 24°C) para serem usadas na troca de calor no sistema de refrigeração. Isso reduz bastante o consumo de energia porque dispensa o emprego de equipamentos elétricos e o consumo de água potável em torres de resfriamento.

Mais informações: museudoamanha.org.br

 

Sobre admin

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Required fields are marked *

*