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Tecnologia alimentar melhora qualidade de vida do consumidor

Mercado se mobiliza para entregar mais segurança e evitar problemas de saúde 

O mercado nacional de alimentos e bebidas registrou crescimento de 16,9% no faturamento e de 1,3% na produção em 2021 em relação a 2020, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA). Se de um lado cresce o volume, do outro aumenta a preocupação para garantir que os produtos cheguem à mesa do consumidor com qualidade.

O setor se vê cada vez mais diante da necessidade de investir em tecnologias precisas, capazes de reduzir os impactos negativos da industrialização dos alimentos. Para isso, desenvolve técnicas para avaliar diferentes características de comidas e bebidas em termos de estrutura, contaminação, análise de composição e qualidade, etc.

A Malvern Panalytical trabalha para garantir a segurança dos alimentos de modo que os elementos químicos não estejam presentes em concentrações acima do desejado nos alimentos, como o chumbo no macarrão instantâneo, metais pesados em suplementos alimentares ou o ferro no chocolate. Esse desequilíbrio, a longo prazo, coloca em risco a saúde do consumidor, de acordo com especialistas. A preocupação começa desde cedo, já com o recém-nascido. O leite artificial passa por um rigoroso controle de qualidade, mas, quando não alcança a formulação exata, pode ser prejudicial à saúde da criança.

Através da análise por Fluorescência de Raios X, é possível se certificar que a composição e quantidade de cada mineral apresentada no rótulo de um produto sejam fornecidas com exatidão. “Para garantir os nutrientes nos primeiros meses de vida dos bebês que não têm acesso ao leite materno, o uso da fórmula se tornou uma alternativa. Porém, sabemos que no leite artificial são inseridos minerais, ferro, zinco, entre outros. Qualquer erro nesta formulação pode causar prejuízo ao desenvolvimento do bebê. Nós criamos um método consistente e confiável de preparação de amostras que contribui para resultados analíticos mais precisos, sem qualquer comprometimento ao desenvolvimento da criança”, afirma Geisi Rojas Barreto, Gerente de Desenvolvimento de Negócios em Pharma & Food da empresa.

Outra preocupação constante da indústria e do mercado é com quem tem alergia alimentar. Segundo o levantamento mais recente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), estima-se que o problema atinja de 6 a 8% das crianças. Entre os adultos, o número fica em torno de 2 a 3%. O corante é um exemplo de produto que pode gerar alergia através de um alimento. Seu uso é determinante, em muitos casos, para deixar a comida mais atraente aos olhos do consumidor. Mas, nas pessoas alérgicas, ele pode provocar crises de asma, bronquite, náusea… A SCIEX, empresa líder global no desenvolvimento de tecnologias de espectrometria de massas, testa a concentração do produto.

De acordo com Hélio Martins, Gerente Geral da SCIEX Brasil, os corantes alimentares são utilizados por várias razões, mas é preciso cautela. “Embora muitos aditivos sejam geralmente reconhecidos como seguros, ainda falta um padrão de conformidade de segurança alimentar mais abrangente. Além disso, não sabemos todos os riscos associados a essas substâncias, que podem variar desde casos de alergia branda a situações mais raras e graves. Por isso é tão importante aprimorar as pesquisas em laboratórios”.

O cuidado com os alimentos é preocupação, ainda, da Waters, que também trabalha com soluções para quantificar e identificar substâncias para controle de qualidade e segurança. Através de um sistema de cromatografia líquida, que separa componentes de interesse de outros presentes na amostra, a indústria de alimentos pode ter a informação sobre a quantidade de lactose presente em seu produto, que pode ser prejudicial ao consumidor que possui intolerância a esse açúcar.

Segundo Jane Finzi, Gerente de Marketing da companhia, essa técnica, acoplada a diferentes detectores, é importante para identificar compostos que podem ser prejudiciais à saúde de uma pessoa. “É essencial verificar a quantidade de açúcar em produtos destinados a pessoas com restrição alimentar e intolerância à lactose, por exemplo. Nesses casos, é fundamental apresentar a porcentagem, mesmo que mínima, do componente para que a marca se certifique que não ultrapassou a quantidade limite e, consequentemente, para não agravar eventuais quadros de pessoas intolerantes”.

Essas e outras iniciativas para garantir a segurança em toda a cadeia produtiva alimentar, assim como em outros segmentos, serão apresentadas em junho, entre os dias 21 e 23, na Analitica Latin America, Feira Internacional de Tecnologia para Laboratórios, Análises, Biotecnologia e Controle de Qualidade, que será realizada no São Paulo Expo.

Fonte: Nürnberg Messe

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