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Setor de alimentação cresceu 34% em 2020: venda de marmita puxou o crescimento

O setor da alimentação, com 133.800 novas firmas, foi responsável pelo maior número de negócios abertos no Brasil no primeiro semestre deste ano, aponta pesquisa inédita da proScore, bureau digital de crédito e authority de score, especializado em big data analysis e motores de decisão, há 20 anos no mercado.

O número representa crescimento de 34,1% em relação às 99.774 empresas do segmento criadas em igual período de 2019.

A maior parte dos novos empreendimentos do segmento refere-se a microempresas de marmitas, com 53.233 firmas, significando 54,6% a mais na comparação com 34.416 referentes ao ano passado. Em segundo lugar, estão os restaurantes, com 42.885 negócios, com expansão de 48,8% ante os 28.817 de 2019. Quanto às lanchonetes, aumento foi de 3,1%, com 37.682 empresas, ante 36.541.

Mellissa Penteado, CEO da proScore, salienta que os vendedores de comida em domicílio encontraram uma alternativa em meio à crise da Covid-19 para se manter, considerando o grande contingente de trabalhadores que perderam o emprego. “E escolheram uma atividade adequada, pois a demanda por esse tipo de serviço cresceu bastante em função do isolamento social e do fato de milhares de pessoas estarem trabalhando em home office”, enfatiza, acrescentando: “É interessante observar a diversificação nessa área de marmitas, com opções de refeições congeladas, gourmet e fitness, por exemplo”.

A executiva relata que esse tipo de negócio já vinha crescendo antes da pandemia, estimulado pela demanda relativa ao tempo cada vez menor que as pessoas têm para cozinhar e, do lado da oferta, a busca por um negócio próprio, trabalho perto da moradia e segurança de renda. “A busca por refeições saudáveis, mais baratas e entregues na porta de casa foi ainda mais incentivada com a Covid-19, pois as famílias também se protegem do contágio, reduzindo a ida às compras. O mercado está superaquecido. Há alternativas para todos os paladares e bolsos”.

Outro negócio que teve número significativo de abertura de empresas no primeiro semestre refere-se a obras de alvenaria, com 52.739, ante 53.728 em igual período de 2019. Houve um pequeno recuo de 1,84%, mas o volume é expressivo. Motoristas independentes de aplicativos foram responsáveis por 34.173 novos CNPJs, mas não há base de comparação com o ano passado.

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