Por Bruno Abreu, diretor de Vendas e Marketing da Bermo – ARI Armaturen.
O setor cervejeiro brasileiro vive um momento de efervescência. Anualmente, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulga o Anuário da Cerveja, um documento abrangente que proporciona uma visão detalhada do setor no Brasil. A edição mais recente, que contém dados de 2023, revelou que com mais de 1.800 cervejarias registradas em 2023, o Brasil apresentou um crescimento de 6,8% em relação ao ano anterior. Esse aumento é significativo, sendo o oitavo maior da série histórica analisada, e reflete a força de um mercado que continua a se diversificar e inovar. As expectativas para 2024 são igualmente otimistas, com previsões de mais crescimento e novas oportunidades no setor.
O que esperar da exportação e importação de cerveja?
Além do crescimento no número de cervejarias, as exportações de cerveja brasileira também estão em alta. Em 2023, o volume exportado cresceu 18,6%, alcançando impressionantes 231.977.494 litros, gerando um faturamento de US$155.788.372. As cervejas brasileiras conquistaram mercados em 75 países, com a América do Sul sendo o principal destino, responsável por 97,8% das vendas externas. Paraguai, Bolívia, Uruguai, Chile e Cuba estão entre os principais compradores, destacando-se a crescente presença da cerveja brasileira no cenário internacional.
Enquanto o setor se expande, a importação de cerveja no Brasil vem caindo desde 2019. Em 2023, foram apenas 7.130.686 litros importados, com a Alemanha liderando como país de origem. Esse cenário reflete não apenas uma crescente valorização das marcas nacionais, mas também uma tendência de autonomia no mercado interno.
Microcervejarias estão em destaque
A ascensão das microcervejarias tem sido um dos principais motores dessa transformação. Desde 2011, o número de microcervejarias no Brasil saltou de cerca de 50 para mais de 1.000 em 2023, mostrando que a cultura da cerveja artesanal se solidifica no país. Essa diversificação permite uma rica gama de estilos e sabores, atraindo um público cada vez mais exigente.
Blumenau, em Santa Catarina, se destaca como o berço da cerveja artesanal no Brasil. Com uma tradição cervejeira que remonta à imigração alemã do século XIX, a cidade abriga diversas microcervejarias que utilizam ingredientes locais e técnicas tradicionais, contribuindo para o reconhecimento da cerveja artesanal brasileira em competições internacionais.
Investimentos para continuar alavancando o setor
O futuro do setor cervejeiro brasileiro parece promissor, impulsionado por investimentos que podem ultrapassar os R$ 2 bilhões até 2025. Esses recursos estão sendo direcionados para:
- Ampliação e modernização das unidades de produção para aumentar a capacidade, melhorar a eficiência e a qualidade do produto final.
- Desenvolvimento de novas receitas e estilos de cerveja, além da implementação de tecnologias que conectem o processo produtivo a práticas sustentáveis.
- Embora já exista uma crescente demanda por cervejas artesanais, há espaço para aumentar a presença no mercado interno e externo por meio de campanhas de marketing.
Nesse cenário de transformação, parcerias estratégicas com indústrias comprometidas com o fortalecimento do setor podem alavancar ainda mais o desenvolvimento do segmento cervejeiro. Um exemplo é a Bermo – ARI Armaturen, que desenvolve e aprimora sistemas de distribuição de fluidos. Ela se destaca mundialmente por fortalecer parcerias com o setor, oferecendo soluções sustentáveis e tecnologias avançadas que podem otimizar a produção e a gestão de recursos e conservação de energia.
A Bermo também oferece sistemas que otimizam o uso de energia durante o processo de produção da cerveja, reduzindo os custos e o impacto ambiental. Além de implementar tecnologias para o tratamento de efluentes, assegurando que as cervejarias atendam às normas ambientais e promovam a sustentabilidade. O apoio à inovação não fica de fora, através de tecnologias que favorecem a modernização dos processos produtivos, a Bermo auxilia as cervejarias a se adaptarem às tendências de mercado e às exigências dos consumidores por produtos mais sustentáveis.
O Brasil, portanto, não apenas está bebendo à saúde do crescimento, mas também brindando a um futuro mais sustentável e diversificado. Com um mercado em plena expansão e perspectivas de crescimento contínuo em 2024, as cervejarias brasileiras se preparam para conquistar paladares tanto nacionais quanto internacionais.