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Secretaria de Agricultura apresenta novos projetos do Instituto de Pesca

O Instituto de Pesca (IP-APTA), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, no próximo dia 8 de abril completa 51 anos realizando ações no cumprimento de sua missão de gerar, adaptar, difundir e transferir conhecimentos científicos e tecnológicos para os agronegócios na área da Pesca e da Aquicultura, visando ao uso racional dos recursos aquáticos vivos e à melhoria da qualidade de vida.
Reconhecendo a importante contribuição do instituto no setor aquícola, a Secretaria de Agricultura apresenta os projetos mais recentes da instituição.

Projetos do Instituto de Pesca

Os projetos e programas criados e desenvolvidos pelo Instituto de Pesca (IP-APTA), geralmente, são voltados à melhoria e ao desenvolvimento da cadeia do pescado desde o monitoramento da água até à segurança alimentar dos consumidores, às melhores práticas de pesquisa e gestão, à geração de emprego e renda, à aprendizagem continuada de estudantes, à qualificação de servidores internos e profissionais da área de Pesca e Aquicultura.

Visando atender aos Objetivos Estratégicos do Governo de São Paulo e à missão institucional, o instituto incluiu em seu Plano de Ações para o período de 2020 a 2023 as principais metas a serem alcançadas nas áreas científica, técnica, administrativa e financeira, todas adequadas às prioridades contidas no Plano Plurianual do governo, por meio dos programas Abastece-SP, Segurança do campo à mesa e Agro-SP sustentável, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

Os projetos estratégicos estão distribuídos entre as seguintes categorias: Monitoramento e desenvolvimento sustentável da pesca; Sanidade de organismos aquáticos de cultivo; Desenvolvimento tecnológico e inovação na pesca e aquicultura e Promoção da eficiência e competitividade da cadeia de produção de pescado.

Um deles é o programa Pesca Paulista 4.0, coordenado pelo pesquisador científico Marcelo Ricardo de Souza, do Centro Avançado de Pesquisa do Pescado Marinho (IP-APTA) que estabelece um plano de ação com propostas de curto, médio e longo prazo para promover a cadeia produtiva da pesca no Estado de São Paulo. Desta forma, inicia-se com a estruturação de um ambiente de recepção e prospecção de demandas, no formato de um Hub, funcionando como um centro de convergência pautado na troca de informações, conhecimentos, visões e estratégias, reunindo segmentos da cadeia produtiva da pesca e players externos. Posteriormente, com base em um sistema de retroalimentação de dados, poderá definir cenários de desafios e roadmaps tecnológicos focados no atendimento aos desafios para 2030. Outro de grande importância é o Valoriza Pesca, coordenado pela pesquisadora científica Cristiane Rodrigues Pinheiro Neiva, do mesmo Centro, projeto de apoio às comunidades pesqueiras artesanais da baixada santista, com objetivo principal de valorização da atividade pesqueira e de seus atores na região da Baixada Santista, por meio da elevação do status de conhecimento sobre a atividade pesqueira artesanal das comunidades, suscitando a busca de soluções aos entraves desta atividade.

Destacam-se também os projetos desenvolvidos pelo Centro Avançado de Pesquisa do Pescado Continental como a possível Domesticação do porquinho de água doce (Geophagus sveni), para uma produção racional e sustentável, coordenado pelo pesquisador científico Eduardo Gianini Abimorad, e os estudos de Exigência em proteína bruta e colorações de filé para o pangasius (Pangasianodon hypophthalmus), coordenado pelo pesquisador científico Giovani Sampaio Gonçalves.

Outro projeto inovador e pioneiro no Brasil, desenvolvido pelo Centro de Pesquisa em Aquicultura, é o estudo da diversidade de fungos em sistema de cultivo de truta, desenvolvido na Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Campos do Jordão (IP-APTA) e coordenado pela pesquisadora científica Yara Aiko Tabata. Dentro desta temática de sanidade, a equipe coordenada pelo pesquisador científico Leonardo Tachibana está desenvolvendo o projeto Imunoestimulação da tilápia-do-nilo, Oreochromis niloticus alimentada com probióticos e vacinadas contra Streptococcus agalactiae, uma bactéria que causa grande impacto nas pisciculturas.

Podem ser destacados também os projetos do Centro de Pesquisa em Recursos Hídricos como o Monitoramento da densidade de larvas do mexilhão-dourado em piscicultura no reservatório Canoas II, rio Paranapanema, SP/PR, coordenado pela pesquisadora científica Daercy Maria Monteiro de Rezende Ayroza, e o projeto que avalia Novos métodos para identificação e quantificação de algas tóxicas, coordenado pela pesquisadora científica Cacilda Thais Janson Mercante.

Também recebem destaque os experimentos realizados com nutrição, genética, crescimento e reprodução de carpas ornamentais nishikigois, além de outras iniciativas de importância que estão sendo conduzidas por pesquisadores e funcionários do instituto.

Um instituto de pesquisa não pode deixar todos esses conhecimentos construídos pelos pesquisadores dentro dos laboratórios. Com o fácil acesso a equipamentos tecnológicos, como o celular, aprender hoje em dia pode estar, literalmente, nas mãos das pessoas. Ciente disso e da importância da aprendizagem continuada, o Núcleo de Qualificação de Recursos Humanos do Centro de Comunicação e Transferência do Conhecimento (IP-APTA) está na fase de planejamento do Programa Academia AquIPesca, uma plataforma virtual que oferecerá, por meio da Educação Tecnológica, cursos on-line a distância com diversos assuntos das áreas de Pesca e Aquicultura. O programa contribuirá significativamente para a democratização do acesso a dados e informações que possibilitam a construção de conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades e atitudes necessárias a todos os interessados em se profissionalizar nessas áreas.

O diretor do Instituto de Pesca, Vander Bruno dos Santos, informa que “os projetos existentes foram construídos e são coordenados por equipes altamente capacitadas, como acontece com os novos que estão sendo criados no âmbito institucional, e que serão, posteriormente, integrados com outras instituições e secretarias do governo. Metas e indicadores escalonados estão sendo estabelecidos em curto, médio e longo prazo de execução, com possíveis fontes de financiamento”, explica Santos, que conclui “agradeço pelo reconhecimento da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e a todos os servidores do Instituto de Pesca pelo constante empenho que têm demonstrado na atualidade e ao longo dos 51 anos da instituição”.

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