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Qualidade Food Safety – um exemplo de estratégia Brasil

Por José Carlos Giordano e Bruno Quirino*

Em qualquer empresa somos constantemente colocados diante de situações que envolvem planejamento – seja o trabalho do dia a dia específico, compartilhamentos com os iguais, a hierarquia superior e inferior e as relações com clientes. Tudo dentro do contexto de grupo onde o indivíduo sozinho deve saber como planejar o coletivo.

A ciência já comprovou mais de 30 tipos de inteligências que agem diferentemente em cada indivíduo em maior ou menor grau, refletindo nos rumos da empresa – afinal, é o conjunto do discurso e ações que norteiam cada empreendimento em direção ao acerto estratégico (pelo menos é o que se espera..) com engajamento das equipes.

Propósitos da Qualidade em alimentos / serviços e seus afins são eloquentes em mostrar panorama necessário para validação, endossando a prioridade de protocolos reais e factíveis. Não estamos recorrentes de fazer sempre apologia à Boas Práticas na Prática, mas é reflexo verdadeiro de um consumidor exigente! As normas BRC, IFS, Global Market, FSSC, sistema GFSI, são verdades veementes.

Não basta só ter o conhecimento, a habilidade e atitudes necessárias para se desenvolver as competências da empresa,  se a empresa não souber onde quando e como utiliza-las . O valor adquirido da competência se perde nos meandros da ‘burrocracia’.

Gestão Food Safety requer sim Visão Sistêmica, orientando a capacidade de análise da empresa em centrar suas competências da melhor forma possível, visando o bem comum e a mudança para melhor, com menores riscos e maiores excelências.

Assim, além de todos ‘saberem fazer’, ‘poderem fazer’ e ‘quererem fazer’ é preciso ‘fazerem o melhor’. E isso é muito mais uma questão de intenção do que de forma.

A estratégia deve se iniciar na própria visão de futuro, não colocando a lição de casa apenas como obrigação só empresarial.

Um bom exemplo de política no Brasil agronegócio visando projeção de longo prazo, foi adotada pelo Ministério da Agricultura onde há bom tempo atrás criou-se um ‘mapa estratégico’ englobando 4 níveis que definiam linhas de foco, ação e transformação:

1 – Perspectivas da Sociedade

2 – Perspectivas do Agronegócio e Parceiros

3 – Perspectiva de Processos Internos

4 – Perspectiva de Pessoas, Aprendizado e Crescimento

A Missão do Mapa foi estabelecida de forma integrada, resultado de boas discussões e lapidações das inúmeras tarefas e responsabilidades, antes dos anos ‘10’ de crise:

Promover o desenvolvimento sustentável e a competitividade do agronegócio em benefício da sociedade brasileira

Para atingir essa meta (foco era 2015) encorajando melhores performances, o MAPA iniciou sua visão em 2010, e pena que no percurso, tivemos a deterioração política brasileira.

Ser reconhecido pela qualidade e agilidade na implementação de políticas e na prestação de serviços para o desenvolvimento sustentável do agronegócio

Foi um modelo sério e competente, que pode num futuro servir de inspiração e transpiração para emergente geração empresarial, colocando estudo de plano de ação:

“MELHORAR A COMUNICAÇÃO ENTRE AS ÁREAS, MOTIVAR PESSOAS, INCENTIVAR A ATUAÇÃO DE EQUIPES INTERDISCIPLINARES, DESENVOLVER COMPETÊNCIAS E TALENTOS, FORTALECER UMA CULTURA FOCADA EM RESULTADOS. O MAPA ASSUME O COMPROMISSO DE CAPACITAR PESSOAS PARA REALIZAREM OS OBJETIVOS TRAÇADOS EM SUA ESTRATÉGIA”

As etapas foram esclarecidas, com inúmeras formas simples e claras de divulgação.

– A Missão traduz o que devemos buscar todos os dias.

– A Visão é o que queremos conquistar com essa busca diária.

– Valores são as competências que devemos aprimorar para alcançar nossos objetivos.

– Estratégia é o caminho que devemos seguir para superar os desafios para o crescimento sustentável do nosso país.

Cinco pilares deram contorno inicial ao projeto:

> Gestão da informação e conhecimento

> Orientação a resultados

> Valorizar pessoas e estimular o trabalho em equipes

> Desenvolver a comunicação interna

> Competências aprimoradas

No objetivo de transformar esforços em resultados de excelência dois aspectos foram colocados em realce num momento de muito trabalho para superar falhas da gestão política:

  • Processos internos – Processos eficazes e inovadores sustentam ações!
  • Pessoas, aprendizado e conhecimento – Somente pessoas, com seus talentos, vontades, conhecimentos e comprometimentos, superam desafios!

Por sua vez, 13 itens base compunham o plano estratégico:

1- Processo de gestão estratégica, 2- infraestrutura e pessoas, 3- estudos de prospecção e avaliação, 4- acesso às informações, 5- conhecimento sobre  Agronegócio, 6- execução orçamentária, 7- articulação com agronegócio, 8- imagem MAPA, 9- implementação de políticas públicas, 10- integração das cadeias produtivas, 11- agregar valor à produção, 12- acesso às tecnologias e finaliza com 13- Inocuidade e Qualidade dos Alimentos ! O GMP, o PAC, HACCP. Sempre o agronegócio, como única das poucas áreas inteligentes em crescimento no Brasil.

Num contraponto de busca por excelência, relembramos agora reflexão de idos 1984, num interessante recall de História da Qualidade, mesmo ano de título famoso .

Pensamento de idos 40 anos, a todos empreendedores!

Para se obter êxito na produção de um produto de alta qualidade, a empresa deve:

  • Ter clara compreensão dos nossos produtos, suas aptidões e aplicações.
  • Assegurar-se de que os funcionários conheçam os produtos, suas aptidões e aplicações.
  • Compreender quem são nossos consumidores.
  • Compreender os requisitos dos nossos clientes.
  • Ter clara definição dos níveis de qualidade aceitáveis dos nossos produtos.
  • Ter clara compreensão do que nossos consumidores definem como níveis de qualidade aceitáveis dos nossos produtos.
  • Ter meios efetivos de medida da qualidade de nossos produtos.
  • Solicitar continuamente de nossos consumidores, observações e avaliações relativas à qualidade de nossos produtos.
  • Comunicar aos nossos funcionários a importância em produzir produtos de qualidade.
  • Enfatizar continuamente aos nossos funcionários, que o bom desempenho de suas tarefas contribui para a qualidade do produto.
  • Identificar e então minimizar ou eliminar os fatores de operação que afetam e diminuem a qualidade do produto.
  • Utilizar técnicas que solicitem e estimulem os funcionários a inovarem, dar ideias e recomendações que aumentem a qualidade do produto.
  • Utilizar técnicas que solicitem ideias e observações do consumidor para melhorar a qualidade do produto.
  • Dedicar-se às ideias e recomendações dos empregados e consumidores.
  • Utilizar técnicas efetivas para testar e avaliar novas ideias e recomendações.

REFLITAM NESSAS ÓTICAS – Túnel do tempo.

Referência: Management Review 3M, “Strategies for setting up a “Comment to excellence policy – and wanking it work”.

* Prof. José Carlos Giordano e Quim. Bruno Quirino –  JCG Assessoria em Higiene e Qualidade
www.jcgassessoria.com.br

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