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Novas tecnologias utilizadas nos canteiros de obras

Investir em inovações na construção civil é uma preocupação crescente nas obras em Fortaleza. Apesar de implicar em novos custos, o retorno é garantido na melhora de produtividade, rendimento, qualidade, além de resultar em ações mais sustentáveis ao longo da construção.

O modelo Lean Construction (construção limpa), baseado na gestão da Toyota, é um dos exemplos citados pelo presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro. “O Ceará foi pioneiro no Brasil em adotar esse método, que implica ter uma obra muito mais limpa, com uma sequência de produção, num planejamento mais detalhado. Isso se traduz em qualidade”, argumenta.

Referência no Estado na gestão desse modelo, a Colmeia o utiliza há cerca de quatro anos. A obra tem que se adequar à linha de balanço, aos processos que o sistema exige, explica o coordenador técnico da construtora, Walmir Esmeraldo. “O planejamento é mais detalhado e a execução do processo é mais detalhada”, acrescenta.

Assim, a empresa racionaliza os processos construtivos, reduz desperdício e ganha em produtividade. “A gente adianta na linha de balanço, se prepara para que não haja falta de material, de mão de obra. Isso gera ganho, porque no processo normal, se algo faltar, é hora parada, ou seja, prejuízo”, avalia o coordenador. Ao final, a redução de custo fica entre 5% a 7%.

Outros padrões são praticados pela construtora, como o sistema de verificação. “É inspeção de serviços através de sistemas, por meio de tablets, que contêm check list digital”, esclarece Walmir. Exemplo: o técnico da obra dispões de questionários específicos, a depender de cada serviço, para averiguar o que está em conformidade ou não.

O sistema permite inserção de fotos para o que não estiver conforme. Feito isso em campo, as informações são exportadas para um banco de dados. “Quando usava papel, o profissional fazia rascunho, tinha que passar a limpo. Agora, temos relatórios mais ricos e completos, mais agilidade nos processos, na resolução dos problemas”, qualifica.

André Montenegro destaca que os sistemas de gerenciamento de obra são tendência no mercado. “Você coloca tecnologia da informação e interliga orçamento, contabilidade, estoque. Muitas construtoras estão usando, mas ainda não é o padrão”, descreve. “Às vezes tem custo inicial maior, mas acaba tendo menor preço porque tem mais produtividade. A tendência das obras é fazer construção enxuta, sem água”.

A adoção de qualquer novidade gera um custo – da licença do software, aquisição de tablet e sistemas próprios, até a equipe de suporte. Mas, na avaliação do coordenador da Colmeia, é um investimento que se paga. “Mesmo incrementando esse custo no valor, economiza ao final”. (Viviane Sobral)

Fonte: Jornal O Povo

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