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Nestlé reavalia fornecedores de carne e cacau do Brasil, após queimadas na Amazônia

Executivos da empresa e outras gigantes europeia se reuniram na última segunda na Fiesp para debater desmatamento.

A suíça Nestlé está “reavaliando” as compras de carne e cacau de fornecedores brasileiros. A gigante de alimentos quer ter certeza de que os produtos que importa do Brasil não contribuem para a destruição da Amazônia. A empresa disse que vai tomar “ações corretivas” se flagrar fornecedores violando seus padrões.

Executivos da empresa estarão na última segunda-feira em encontro na Fiesp para debater as queimadas na floresta amazônica. Representares de outras empresas europeias também estarão presentes.

As queimadas suscitaram críticas de países europeus, como França e Irlanda, que questionaram o acordo firmado recentemente entre Mercosul e União Europeia (UE). A preocupação com a floresta também levou celebridades e ONGs internacionais a pedirem por sua proteção.

Sob pressão, empresas começam a revisar as compras de fornecedores brasileiros. A primeira foi a americana VF Corporation, fabricante de calçados e acessórios em couro e dona de 18 marcas, como Timberland e Kipling. Semana passada, a companhia informou que não comprará mais matéria-prima do Brasil por questionamentos sobre o respeito ao meio ambiente na cadeia de produção.

A Nestlé avalia fazer o mesmo. “Estamos usando uma combinação de instrumentos, incluindo mapeamento da cadeia fornecedora, certificação, monitoramento por satélite e verificação local”, disse um porta-voz da gigante de alimentos suíça.

Além de carne e cacau, a empresa compra óleo de soja e de palma. Em 2010, a fabricante assumiu compromisso de que seus produtos não estivessem associados ao desmatamento.

Segundo a ONG Amazon Watch, plantações de soja e pasto para gado são as principais motivações do desmatamentos na floresta amazônica.

Em agosto deste ano, o número de queimadas na região amazônica triplicou em relação a agosto do ano passado, passando de 10.421 em 2018 para 30.901 em 2019. O recorde anterior havia sido há nove anos.

Fonte: O Globo 

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