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Cresce a presença de biscoitos nos lares brasileiros, diz Kantar

 Alimento está presente em 99% dos lares e registra 1,5 milhão de toneladas de produtos consumidas

Pense em algo que não pode faltar de jeito nenhum na sua casa. Algo que você e sua família não esquecem de comprar, não abrem mão, às vezes cogitam até fazer um pequeno estoque. Em mais de 99% das casas brasileiras, as respostas para essas perguntas são: biscoitos. É isso que mostra um levantamento feito pela Kantar WorldPanel por encomenda da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI). Pelo menos 99,7% das famílias brasileiras consumiram biscoitos em 2020.

Mesmo com as estatísticas quase batendo 100% de penetração nos lares brasileiros, o alimento teve crescimento de consumo em 2021, 0,1 ponto percentual para biscoitos (500 mil lares), quem acompanha o setor aponta que quando um alimento ultrapassa 70% de penetração, ele já é consolidado e, como hábito, não retrocede.

Muitos fatores ajudam a explicar esse movimento de maior penetração e consolidação do produto. Um deles é o fato de que o auxílio emergencial, que movimentou a economia brasileira, foi usado prioritariamente para a compra de alimentos, conforme a pesquisa da Kantar. O levantamento aponta que dois a cada três reais do auxílio foi utilizado para comida. “Ao todo, 66% de quem recebe auxílio emergencial direciona esse dinheiro para alimentos e bebidas”, conta.

“Evitar aglomerações e ficar em casa era e ainda é essencial no combate a pandemia, neste sentido, os biscoitos industrializados se destacaram pela praticidade e prazo de validade dos produtos, que acabou se tornando fator determinante, impulsionado pelos canais de compra: super e hipermercados, estabelecimentos que se mantiveram abertos”, explica Claudio Zanão, presidente-executivo da ABIMAPI.

“Nós tivemos um aumento de ocasiões de café da manhã, para mais dias da semana com brasileiros tomando café dentro de casa, e também um aumento de momentos de lanches”, conta Raquel Ferreira, diretora e contas e novos negócios da Kantar. “Foram em torno de 27% mais ocasiões de consumo dentro de casa”, conta ela.

A indústria de biscoitos atingiu R﹩ 20 bilhões e 1,5 milhão de toneladas de produtos, aumento de 6% em faturamento e 2% em volume de vendas em 2020 na comparação com 2019 (R﹩ 18,9 bilhões e 1,49 milhão de toneladas), respectivamente. A alta foi distribuída em tipos variados como Maria e maisena, waffer, recheado doce, biscoito palito e água e sal.

“Duas tendências se acentuaram com a pandemia. Uma delas foi o crescimento de seguimentos que podem ser compartilhados, como um pote maior e que a família inteira compartilha aquele produto. À exemplo disso nós temos os salgados tradicionais e o biscoito maisena. São segmentos bastante típicos do dia-a-dia e que com embalagens maiores, permitindo o compartilhamento pra mesma família ganharam relevância”, conta Raquel.

“Biscoito é uma categoria muito consolidada no Brasil, então eu não posso dizer que é literalmente em função da praticidade porque ele já representa 30% da cesta da ABIMAPI, o alimento acaba virando mais uma alternativa do snack, lanche intermediário”, ressalta Zanão.

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