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Ajinomoto do Brasil desenvolve novo EPI e reduz pela metade riscos de queimadura de trabalhadores

Multinacional desenvolve, em parceria com a DuPont, vestimenta de proteção térmica e elétrica mais segura, prática e barata para funcionários de todas as suas unidades no país.

São Paulo, SP, maio de 2020 – Um projeto pioneiro de segurança do trabalho desenvolvido pela Ajinomoto do Brasil – líder mundial na fabricação de aminoácidos e fabricante de produtos como temperos SAZÓN®, sucos MID® e FIT e sopas VONO® – conseguiu reduzir pela metade o risco de queimaduras em funcionários de todas as suas unidades do país. Com pesquisa, treinamento e desenvolvimento de um novo EPI (Equipamento de Proteção Individual), a iniciativa não só aumentou a proteção e o conforto dos trabalhadores como reduziu custos da empresa.

O projeto foi reconhecido com a melhor iniciativa de proteção térmica de trabalhadores do país em 2019, ao conquistar o primeiro lugar da categoria do Prêmio DuPont de Saúde e Segurança do Trabalhador, a maior premiação do país em soluções para a prevenção de acidentes no segmento industrial.

De acordo com Camila Siviero Pagani, gerente de Departamento de Segurança do Trabalho da Ajinomoto do Brasil, o projeto que teve início em março de 2018, foi coordenado pelo Departamento de Segurança, e incluiu funcionários de manutenção elétrica na fábrica da empresa em Limeira (SP). Com os resultados positivos, foi ampliado para as outras quatro unidades da companhia e também para colaboradores da área de abastecimento de veículos, beneficiando 105 trabalhadores de forma direta e 2.800 indiretamente.

“Era utilizada na empresa uma vestimenta de proteção para os funcionários da manutenção elétrica e engenharia composta de 88% de algodão e 12% de poliamida”, afirma Pagani. “Evidenciamos algumas dificuldades com o procedimento de lavagem e com o desconforto dos usuários devido à gramatura daquele equipamento de proteção.”

Após pesquisas de mercado e testes, a empresa decidiu trocar os EPIs antigos por vestimentas Protera®, composta de 33% de meta-aramida Nomex® e para-aramida Kevlar®, 2% de antiestático e 65% de moda-acrílico. A composição oferece resistência duas vezes maior em relação às vestimentas fabricadas com algodão e náilon.

Dados científicos surpreendem

Pagani conta que um dos principais testes que levaram à decisão da empresa ocorreu no CIB (Centro de Inovação Brasil) da DuPont, em Paulínia (SP), local onde fica o Thermo-Man®, equipamento referência mundial que mede a eficácia de vestimentas de proteção contra dano térmico.

O equipamento submeteu a vestimenta de algodão e o Protera® a quatro segundos de exposição às chamas. Os dados projetaram média de 55% de queimadura para a primeira e de 25% para o tecido da DuPont. “A diferença entre os resultados foi impressionante”, lembra Camila.

Além da maior proteção, a Ajinomoto do Brasil calculou que, com a troca das vestimentas, haveria uma contenção de custos de R﹩ 1.004,84 por funcionário em três anos, um ganho advindo com a redução média de substituição de conjuntos (de mínimo de 8 meses para 36 meses).

O novo tecido também facilitou a higienização das vestimentas. “O antigo EPI possuía um procedimento de lavagem complexo e detalhado”, diz Pagani. “O tecido inerente Protera®, além do procedimento simples de lavagem, podendo ser realizada de forma doméstica, não absorve sujidade por ser antiestático e hidrófobo. Em caso de acidente, o tecido inerente resfria 24% mais rápido que o tecido tratado.”

Desafio: vestimenta inovadora

Mas o projeto não terminou por aí. A Ajinomoto do Brasil teve que adaptar as vestimentas aos requisitos da FSSC 22000 – Food Safety System Certification (Certificado de Sistema de Segurança Alimentar), que tem como principal objetivo monitorar a segurança na produção e na distribuição de alimentos.

“As vestimentas não podem ter botões ou bolsos externos acima do nível da cintura, apenas fechos tipo zíper ou botões de pressão são aceitos”, explica Camila Pagani. Para isso, a empresa desenvolveu, com a parceria de fornecedores, uma nova modalidade de vestimenta com o tecido Protera®.

Após testes com funcionários de Limeira, o projeto foi ampliado para as unidades de São Paulo, Laranjal Paulista, Pederneiras e Valparaíso. “Escolher a DuPont foi muito mais do que ter um fornecedor de produtos. Temos uma parceria que, com certeza, será duradoura e pretendemos estender esse projeto aos terceiros e prestadores de serviço que adentram na empresa Ajinomoto do Brasil em uma nova etapa da ação em busca da melhoria contínua na prevenção”, conclui Pagani.

O Prêmio DuPont de Saúde e Segurança do Trabalhador entrará em sua 10ª edição neste ano – as inscrições ainda não foram abertas. Para mais informações sobre a iniciativa, acesse: www.premiodupont.com.br.

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