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Act for Food: as iniciativas do Carrefour para que você coma melhor

“Em 2050, a população mundial estará próxima de dez bilhões. Alimentar todos, levando em conta o impacto à saúde das pessoas, ao bem-estar dos produtores e à conservação do planeta, é um enorme desafio”.

A afirmação é de Paulo Pianez, Diretor de Sustentabilidade do Grupo Carrefour. Ele compareceu ao WellFood Summit na última quinta-feira (4) para falar sobre como o varejo está se adaptando às crescentes demandas dos consumidores. Em poucas palavras, ele garantiu que o Carrefour está se mexendo – e que quem não evoluir não resistirá aos novos tempos.

Pianez abordou as muitas iniciativas sustentáveis da empresa, reunidas sob a marca Act for Food. Elas englobam propósitos diversos, da redução do desperdício ao compromisso com o bem-estar animal, do incentivo a pequenos produtores ao desenvolvimento de marcas próprias.

“Todas essas preocupações modificam o ato de compra do consumidor. Mas elas continuam apoiadas sobre o mesmo tripé: segurança, qualidade e economia”, disse. “Em outras palavras, quero um alimento mais saudável, nutritivo, seguro, sustentável e, veja só, autêntico. A maçã, afinal precisa ter gosto de maçã”.

Por fim, Pianez comentou que, no Brasil, e com alguma razão, as pessoas consideram as refeições feitas em casa mais saudáveis. Mas, para tanto, o consumidor precisa saber como prepará-las – do contrário, pode exagerar no sal ou no açúcar. Sintonizado com essa realidade, o Carrefour comprou recentemente a eMídia, dona do site Cyber Cook, com o objetivo aumentar o acesso dos consumidores a informações e receitas de qualidade.

As quatro tendências globais de consumo na indústria de alimentos e bebidas

A palestra da multinacional Tate & Lile, realizada nesta quinta-feira (4) durante o WellFood Summit, foi centrada em tendências globais de consumo. Coube a Beth Nieman Hacker, diretora de pesquisa de mercado da empresa, destacar aquelas que seriam mais importantes para a indústria de alimentos e bebidas.

“Em meio a tantas tendências que lemos em revistas e jornais, é normal que fiquemos perdidos”, afirmou. “Mais importante que listá-las, é preciso compreender quais são as mais importantes para os nossos consumidores e o que fazer para implementá-las”.

A empresa, por exemplo, identificou quatro tendências comuns a todos os continentes e fundamentais para o mercado em que atua:

Viver com saúde: Consumidores buscam uma vida saudável, e uma dieta balanceada, independentemente da idade que possuem.

  • Rótulo limpo: Consumidores querem alimentos mais saudáveis e simples nos quais podem confiar.
  • Qualidade dos carboidratos: O equilíbrio entre saúde e prazer. As pessoas desejam alimentos com mais fibras e menos açúcar, mas não abrem mão do gosto.
  • O poder das plantas: O índice de vegetarianos tem subido, claro, mas também a demanda por alimentos baseados em plantas. São as dietas flexitarian (junção, em inglês, das palavras flexível e vegetariano).

Segundo Beth, apesar dessas tendências, não podemos esquecer que o sabor segue como o principal fator na decisão de compra dos consumidores. “Por isso, a Tate& Lile busca tornar os alimentos saudáveis mais saborosos, e os alimentos saborosos mais saudáveis”, afirmou.

Academia pode ser aliada na comunicação entre indústria e consumidor, afirma consultora

Existem novas tendências de consumo que, na verdade, já batem à porta da indústria. O setor se vê diante de um enorme desafio quando o assunto é comunicar seus produtos para públicos dinâmicos e com demandas contemporâneas que vão de preferência por produtos frescos e orgânicos, passando por aqueles que prezam pelo bem-estar animal do processo produtivo até quem busca clareza na composição ou até mesmo tudo isso junto.

Em sua palestra no segundo dia do Congresso WellFood, Elaine Guaraldo, da Vigna Brasil, consultoria em assuntos estratégicos e regulatórios, defendeu que as tendências de consumo passam por uma mudança cultural e social, que, juntamente com as políticas, públicas, dão origem as normativas, que visam proteger o consumidor. Porém, segundo Guaraldo, há um desencontro de informação entre os responsáveis por esse processo. ” Os órgãos regulatórios não têm uma política integrada de deliberação. A comunicação fica truncada e gera confusão e desinformação”, afirma.

Como uma maneira de driblar os problemas de comunicação com o consumidor, a consultora sugere usar a academia para fortalecer a argumentação e aumentar a proximidade da indústria com seus clientes. “É preciso firmar uma parceria com a academia. Estudos podem aproximar o consumidor, que fica com o pé atrás com a indústria diante de tanta gente falando tanta coisa”, diz.

Guaraldo destaca que existe um desafio grande quando o assunto é comunicar compostos ainda de pouco conhecimento do consumidor, como é o caso do DHA, por exemplo. “Precisamos falar a língua do consumidor, que está desproporcionalmente assustado e desinformado. É preciso desenvolver manobras de comunicação”, finaliza.

Aromatizantes naturais, um mercado em expansão

No segundo dia do WellFood Summit, a Duas Rodas participou da sessão de palestras no Speakers Corner, espaço reservado aos expositores. A palestra sobre aromatizantes naturais foi ministrada pela especialista da marca, Janete Jagelsky.

Aromatizantes naturais são aqueles obtidos exclusivamente por métodos físicos, microbiológicos ou enzimáticos a partir de produtos de origem animal ou vegetal. Estamos falando de extratos, óleos essenciais, bálsamos, entre outros.

Esses aromatizantes são importantes para não só para fornecer ou incrementar o cheiro e o sabor de alimentos, como também para mantê-los ao longo do tempo, independentemente, por exemplo, da estação do ano.

Janete destacou que esse é um mercado dinâmico e em crescimento. Ela destacou uma recente inovação da Duas Rodas: o aroma natural de chocolate. Para obtê-lo, foi preciso descobrir os principais componentes do alimento.

“São necessários muitos ingredientes para produzir o aroma do chocolate por bioprocesso, dada a sua complexidade”, disse Janete. “Agora, podemos trabalhar com essa base para tornar o chocolate mais cremoso ou amargo, ou mesmo com notas específicas, como as de baunilha”.

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