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A indústria de FFLV no centro das discussões globais

A indústria de produtos frescos – frutas, flores, verduras, legumes e ovos – se reuniu em São Paulo, no evento The Brazil Conference & Expo promovido pela IFPA, em dois dias de negócios, tendências, trocas de conhecimento e inspiração para impulsionar o futuro dos produtos frescos.

Para Cathy Burns, CEO da IFPA, a entidade global que representa a indústria de produtos frescos, acredita que o aumento do consumo virá em quatro áreas: tecnologia e inovação, sustentabilidade e clima, tendências de consumo e defesa da indústria.

“O uso de Inteligência Artificial proporciona um ‘companheiro culinário’ artificial que irá sugerir refeições com base no que você tem na geladeira. Apps vão ajudar os supermercados a gerir as compras de alimentos frescos, tendo em conta o clima, a sazonalidade, o comportamento do consumidor e as tendências econômicas para reduzir a perda de alimentos. No varejo, foi projetado que a IA criará US$ 113 bilhões em eficiência operacional e novas receitas, com 75% dos executivos afirmando que a IA estará na maior parte de seus softwares até 2025. Isso marca um crescimento de mais de 400% em menos de 2 anos”, informa Cathy Burns.

A IFPA acredita, por exemplo, que a IA pode ser usada para fazer com que crianças comam produtos frescos, assim como diminuir o desperdício entre a colheita e o varejo. Chefs de cozinha ensinam os consumidores como desperdiçar menos alimentos e reduzir a fome. Nos EUA, 38% de todos os alimentos são desperdiçados – representando 444 mil milhões de dólares em refeições.

As mudanças climáticas são um problema global. A incapacidade de agir em relação ao clima e às condições meteorológicas extremas são as duas principais ameaças globais com maior potencial para prejudicar as sociedades, as economias e o planeta. Essa é uma preocupação da indústria de FFLV.

“Aqui no Brasil, 94% dos consumidores acham a sustentabilidade muito ou extremamente importante, sendo que 68% associam a nossa indústria à sustentabilidade. Numa pesquisa realizada pela IFPA, os consumidores daqui disseram que as suas preocupações ambientais ao comprar produtos embalados eram a poluição do ar, a desflorestação/lixo marinho e o esgotamento de recursos/redução de resíduos. Sabemos que existem desafios de sustentabilidade em toda a cadeia de abastecimento, mas, no final das contas, os consumidores estão curiosos sobre os alimentos que comem. Vamos abraçar isso e compartilhar nossa administração com os compradores”, esclarece Cathy Burns.

Em relação às tendências de consumo, houve mudanças de comportamento, como o crescimento de alimentos à base de plantas. Só os alimentos à base de plantas (plant based) devem atinjam quase US$ 79 mil milhões em 4 anos. “Existem 30 milhões de veganos no Brasil, e eles estão impulsionando o crescimento de alternativas à carne e de alimentos vegetais; 42% dos consumidores globais identificam-se como “flexitarianos”, dos quais 54% são da Geração Z, que evitam cada vez mais carne e produtos de origem animal. Essa geração que um estilo de vida saudável, essa é a principal razão para comer frutas e vegetais. O hábito e o controle de peso são secundários”, complementa a CEO da IFPA.

Quase 75% dos consumidores sentem que a indústria de frutas e vegetais está dinâmica quando comparada a outras indústrias, como laticínios, carnes e médicas. “E isso é apoiado por nossos dados, que constataram que o mercado de varejo de alimentos no Brasil aumentou 18,7% de 2021 a 2022, à medida que os consumidores ficaram cada vez mais preocupados com uma alimentação saudável e com a alimentação em casa. À medida que mais consumidores melhoram a sua relação com os alimentos, acredito que os produtos agrícolas estão numa excelente posição para proporcionar entusiasmo em termos de novas variedades, embalagens e novas formas de os consumidores prepararem e comerem”, disse Cathy Burns para mais de 400 profissionais do setor de FFLV na The Brazil Conference & Expo.

A IFPA se compromete a ser incansável na representação das necessidades dos membros junto de líderes de organizações globais para garantir que as pessoas em todo o mundo tenham acesso aos alimentos mais saudáveis do mundo. “Entre tecnologias emergentes, desafios de sustentabilidade e tendências de consumo em mudança, temos muito que fazer. Nossos pratos agora são travessas. Resolver nossos problemas não será fácil, não podemos permitir que outra pessoa lute por nós quando se trata de produtos frescos. A IFPA não está nisso simplesmente para mudar o jogo. Estamos nisso para mudar o mundo. Porque com frutas e legumes no centro de tantas conversas sobre política, comércio e saúde, a realidade é que a nossa hora é agora”, determina Cathy Burns, CEO da IFPA.

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