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12 reflexões em desafios Food para 2022

Por José Carlos Giordano e Bruno Quirino*

Correndo 2021 – veio e vai tempestuoso, em regressiva contagem semeando o inexorável 2022, aguardando ansioso, expectativa de mudanças.

Nessas previsões de gurus frente às perspectivas da geração pandemia, a todos surgem a reflexão do quando iniciar PDCA, quem, como e quando agregar capital humano, o que mudar para melhorar o aqui e agora, em atingir as metas.

De que forma germinar ideias entre tantas e ao final, tentar colher resultados auspiciosos? Consulta às pitonisas e oráculos da bola de cristal? Quais são ainda no ambiente Covid, algumas 12 Good inquietações Food?

‘I’ – Síndrome do não ter tempo e prioridade para cultura interior

Novo Tempo Covid levou a Novos Business. Conceito que coisas só tomam força no país após o Carnaval – não mais o temos! Mundo cada vez mais atípico. O novo contexto social e a política execrável regem a bússola.

Esperar eleições para dar start aos trabalhos na empresa / negócio é decretar mais hibernação, onde a acirrada concorrência em passo de célere formiga estará saindo na frente em competitividade, das cigarras contemplativas. Já excluídos os tempos de confete e serpentina.

Projetos em eterno follow–up, propostas na “geladeira” e decisões stand by sendo enroladas, é inépcia visão de futuro, onde o medo tolhe sucesso. É preciso iniciativa planejada, trazendo eficácia aos sistemas, capacitando para superar.

‘II’ – Começar pelos aspectos estruturais ou comportamentais?

Resposta parece clara. Pessoas é que fazem “o negócio”. É através delas que o ambiente tenta evoluir. E “trabalhar” pessoas é nada fácil. É preciso domínio da criatividade e comunicação em todos os níveis. Preciso é formatar um planejamento organizacional para a gestão das pessoas, num forte capital humano – que carece de investimento. Correções da estrutura civil, instalações, pelas frequentes auditorias são importantes sim, mas vem concomitantes ao planejamento estratégico. No primeiro plano focar o ser humano em todos os níveis de hierarquia. Que se domine o 5S pessoal ao seu entorno, os protocolos de ‘casa’ às decisões de externa logística supply. Boa e inteligente organização do espaço e das posturas é crucial para sobrevivência humana e empresarial

‘III’ – Como mensurar tantas variáveis ‘Qualidade Food Safety’?

Hoje em momento ativo com padrão GFSI e certificações de alimentos, bebidas, rações, embalagens e correlatos, indicadores de desempenho são obrigação e devoção para evidenciar objetivamente.

Se for difícil medir resultados, urgente é acurar a percepção da ‘Não Qualidade’, do retrabalho que dá muito trabalho, desperdício gerado por informações truncadas, stress por um sistema “jurássico”. Quais as evidências reais de não conformes, das reclamações dos clientes externos e internos, intermediários e até desconhecidos? Que melhorias podemos alcançar desde sugestões básicas de 5S, até chegar no 6Sigma , FMEA e LEAN?

Fatos não deixam de existir, apesar de não medidos. Comum olharmos e não vermos, buscarmos mas não acharmos – as latentes vulnerabilidades….

Requer especialistas “faro fino” nas falhas, descobrindo o imponderável nos clientes. Geram muitas oportunidades de melhorias e que possam ser aplicadas.

‘IV’ – O que é afinal ser pró – ativo nesse mundo algorítmico?

No celerado mundo do ‘ponto.com’ ser proativo é rezar na tábua do mandamento: “Não deixar para amanhã o que puder com bom senso fazer hoje”.

É tendência humana protelar decisões, jogando a culpa depois em ‘n’ razões ou encontrar cômodo bode expiatório. Até o nome desse pecado é feio: procrastinação! É tempo de evolução constante, já chegou forte a Global Market..

Ser proativo é ser atento a oportunidades, é estar “sempre alerta”, é ser disposto a fazer algo mais, é estar prestativo em ações efetivas. É exceder, encantar. O mundo nosso precisa muito de gente capaz, que faça certo.

‘V’ – Critérios de excelência 4.0 ou um GFSI em tempos de 5S?

Todos falam em boa gestão, e todos se confundem com modelos. Critérios de bom desempenho fundamentam-se em passos bem definidos e estruturados que levam a resultados reconhecidos entre expertises. Só o fato de buscar atingir tais etapas mostra maturidade, evidência da empresa na intenção de acertar. Aprendizado, e parcerias. Expansão do somar para multiplicar. Aprendizado é vital no alicerce a uma torre de conhecimentos como um farol de sabedoria.

‘VI’ – A contínua melhoria GMP, aonde irá levar?

O Kaizen preconiza a ótica do planejar, pôr a mão na massa, avaliar resultados e corrigir para melhor. Num mundo de crise, criar.

Ao agregarmos emoção – trabalho – força – maximizando nossos pontos fortes, tal sinergia sai do bidimensional e transcende num 3º plano, onde o círculo virtuoso origina espiral para cima e para frente, sublimando ao alto ideias e suas melhorias. É ascendente e progressiva, num alçar vôo. Seus conceitos são nobres e remetem à mudança, à transformação.

> É o renovar para o bom, o bem feito, o correto todo dia

> É o mudar para o superior, o melhor possível

> É o corrigir para o virtuoso, o excelente

Protocolos e legislação mandatória sinalizam e exigem, cada vez mais.

‘VII’ – Cliente satisfeito é mesmo cliente fidelizado?

Ações devem estar focadas no cliente e demais partes interessadas. Projeto, insumos, produção, produto, entrega, serviço, verdade, etc.

A satisfação da nossa empresa, do nosso negócio, depende da satisfação do cliente, seduzido – conquistado. E o seu nível de satisfação será a relação entre o que recebeu… e o que ele… esperava e mereceria receber.

Para fidelizá-lo é preciso processo de constante upgrade, é mais que encantá-lo, com nível de falhas não ‘zero’, mas -1, -2, prevendo / superando possíveis Leis de Murphy. Difícil, não impossível. Antever suas necessidades é missão para experientes, detectar oportunidades latentes é obra de sensibilização, sinergia. O ‘Juntos somos mais fortes’ é o lema na sinergia de boas ideias para gerar exponencialmente mudanças sim para melhor! Não à depreciação e decepção contínua.

 ‘VIII’ – É coisa da antiga escola, estudar Ética e Cidadania?

Respeito. Respeito ao próximo, a si mesmo, ao meio ambiente. Ética e cidadania não eram só  matérias de ‘estudos de problemas brasileiros’ . O desafio está em conscientizarmo-nos de que Qualidade exige essa atitude de nova governança, pois, se as pessoas cultuam respeito entre si, fica difícil trabalhar sem ética. É a responsabilidade social / ambiental, é sustentabilidade, engenharia reversa e circular, o mote global da década. É ser solícito à ‘consciência Avatar’. Pelos históricos de um Brasil nefasto de administradores políticos, é hoje obrigatória a “Compliance”. É cumprir com o prometido, dispor de bases concretas de evolução sempre degrau inicial 5S ao BPF, do GMP para HACCP, para atender GFSI, mas sem ‘jeitinho’ brasileiro de 1 passo à frente e 2 atrás.

De mesma forma, Praticar Qualidade todos os dias é ser cidadão, é dar valor ao país, cidade, empresa, comunidade, família, a si mesmo. …

 ‘IX’ – Na contagem cognitiva 2.000, 2.020, está longe 2.100?

Mãe Terra é geometricamente veloz nos algoritmos de I.A.das mudanças.

A auditoria de ‘Inteligência Artificial’ quiçá será validada telepaticamente? Teremos certificadoras na estação de line life de Marte? No âmbito alimentar, sintetizadores no espaço orbital ou colônias planetárias continuarão a ostentar de forma profícua a saga da trilogia Qualidade – Sanidade – Inocuidade? Que outras doenças e necessidades teremos nessa intrincada cadeia de vida num planeta esquentando, em mutação de vírus e vulnerabilidades? Quais novos procedimentos essenciais? Os ‘prognósticos’ dos gurus serão bons rsrs?

 ‘X’ – A nave do novo Noé

Somos convocados a entrar na nave do novo Noé que partirá breve a novo portal anormal da existência humana. Por ora, são só testes e experimentações prévias dos convidados coadjuvantes e seleção dos protagonistas. Você aceita e vem?

 ‘XI” – Ajustes e calibração

Nossas histórias e experiências vividas foram estágios fundamentais na formação de um Food Safety antológico que eternamente ficará registrado nos anais do século XX, legado de tantos profissionais engajados na nobre missão Qualidade, Prevenção, Segurança, Confiança e Evolução.

XII’ – E as The Best / The Good / The Global / The Serial GMP’s?           

Planejamentos estratégicos são agora feitos e refeitos. Recapacitação das equipes precisa ser implementada. Todos colaboradores (principalmente alto escalão) precisam de reciclagem e atualização. Gestão Inteligente de Habilidade e Competências Humanas, não só em midiáticas websites.

Comprometer não só ‘pessoal da casa’ como expandir aos fornecedores é indispensável. Para isso, verificações, inspeções, diagnósticos – são essenciais na parceria Quality Assurance – Avaliação de Fornecedores. Corretos registros e protocolos são absolutamente imprescindíveis. Descrever o que e como se faz, aperfeiçoar como ‘grande Falconi – lembram?’ orienta fazer ainda melhor o que foi descrito, num receituário de Pílulas da Qualidade diária!   

O conhecimento deve fluir da teoria à prática, gerando atitudes para o bem feito, sem erros. Todos exercitando seus talentos num trabalho de equipe coeso, eficaz e com resultados atingidos. Universalizações, mega tendências e legislação mandatória agregados numa madura visão de futuro construída pelo presente. Aqui e agora e sempre, é trabalhar com amor, foco e fé todos os dias. Urge projetarmos um 2100 bom, de boas notícias. Mãos à obra hoje.

 Pensemos nisso!

* Prof. José Carlos Giordano e Quim. Bruno Quirino – JCG Assessoria em Higiene e Qualidade
www.jcgassessoria.com.br

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