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Aluno do Amapá cria projeto que tira sal da água com energia solar

Com a orientação do professor, Caio Vinícius criou protótipo sustentável. Somente 9 propostas de todo o Brasil foram selecionadas.

Um estudante e um professor vão representar o Amapá, nos Estados Unidos, na maior feira tecnológica do mundo para estudantes que ainda não chegaram ao nível superior. Eles desenvolveram uma proposta ambiental sustentável para dessalinizar a água, usando apenas a energia solar. Somente 9 projetos do Brasil foram aprovados e os amapaenses conquistaram o 6º lugar.

Caio Vinícius, de 16 anos, e o professor de ciências Aldenir Melo partem em viagem na quarta-feira (9). Primeiro vão para São Paulo, onde passarão por um treinamento para aprimorar a apresentação. Depois a dupla segue em direção a América do Norte, rumo a “Intel Isef”, a Feira Internacional de Ciências e Engenharia. Participam do evento projetos de 70 nações e territórios diferentes de todo o mundo.

A ideia começou a ser elaborada em 2016, na Escola Estadual Santina Rioli. Caio conta que tudo iniciou quando se deparou com a realidade das famílias que moram na Vila de Sucuriju, distrito do município de Amapá, ao extremo Leste do estado.

“Encontrei uma reportagem sobre o distrito do Sucuriju. Que lá eles não tem água doce porque é banhado pelo oceano [Atlântico] e nem energia elétrica, por ser muito isolado. Utilizei essa problemática para desenvolver o projeto”, falou.

Competindo na categoria “questões ambientais”, aluno e professor criaram protótipo capaz de retirar o sal da água salgada, a partir da evaporação.

“No início, o protótipo era em formato de pirâmide em vidro. Depois passamos para forma de casa e conseguimos um volume maior de água sem sal. Acoplamos a ela uma placa solar, que passou a produzir energia também. Quanto maior o protótipo, maio a produção e água”, explicou o professor.

O projeto foi selecionado em uma feira de tecnologia que eles participaram no Rio Grande do Sul, em outubro do ano passado. Foi lá que eles conseguiram a vaga para disputar com outros 400 projetos às 9 vagas para a feira de tecnologia nos EUA.

Nessa feira no Sul, o projeto de Caio ganhou o 1º lugar geral, e ele foi premiado com uma bolsa de Iniciação Científica Júnior para o Ensino Médio, concedidas pelo Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq). O adolescente sonha em ver a criação em funcionamento e ajudando quem precisa, mas diz saber das limitações em investimento em pesquisa científica no Brasil.

“Faltam políticas públicas e investimento no nosso país. O projeto já foi testado e sei que é possível se aplicar na região de Sucuriju. Em uma casa de tamanho real seriam necessários 5 protótipos instalados. Em um dia dessalinizaria cerca de 7 litros de água sem uso do consumo de energia, apenas através da energia solar”, argumentou.

Para o professor Aldenir, o reconhecimento já é uma grande conquista.

“Fiquei muito feliz, sem acreditar que era possível. Quando ele ganhou a viagem para os EUA com tudo pago, entre os 9 melhores, eu fiquei em choque, por ser também o reflexo da minha caminhada profissional. Nunca pensei em chegar na maior feira do mundo”, disse.

Por vez, Caio conta como se prepara para sua apresentação e o que almeja para o futuro.

“Quero representar bem o Amapá e o Brasil. Estou estudando inglês e aprendendo alguns termos técnicos necessários. Eu quero me formar em física e fazer doutorado em astrofísica. A vontade surgiu da admiração que tenho por uma cientista do Rio Grande do Sul, a Márcia Barbosa, que estuda uma forma de dessalinizar a água através de nanotecnologia”, ressaltou.

O projeto foi selecionado em uma feira de tecnologia que eles participaram no Rio Grande do Sul, em outubro do ano passado. Foi lá que eles conseguiram a vaga para disputar com outros 400 projetos às 9 vagas para a feira de tecnologia nos EUA.

Nessa feira no Sul, o projeto de Caio ganhou o 1º lugar geral, e ele foi premiado com uma bolsa de Iniciação Científica Júnior para o Ensino Médio, concedidas pelo Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq). O adolescente sonha em ver a criação em funcionamento e ajudando quem precisa, mas diz saber das limitações em investimento em pesquisa científica no Brasil.

“Faltam políticas públicas e investimento no nosso país. O projeto já foi testado e sei que é possível se aplicar na região de Sucuriju. Em uma casa de tamanho real seriam necessários 5 protótipos instalados. Em um dia dessalinizaria cerca de 7 litros de água sem uso do consumo de energia, apenas através da energia solar”, argumentou.

Para o professor Aldenir, o reconhecimento já é uma grande conquista.

“Fiquei muito feliz, sem acreditar que era possível. Quando ele ganhou a viagem para os EUA com tudo pago, entre os 9 melhores, eu fiquei em choque, por ser também o reflexo da minha caminhada profissional. Nunca pensei em chegar na maior feira do mundo”, disse.

Por vez, Caio conta como se prepara para sua apresentação e o que almeja para o futuro.

“Quero representar bem o Amapá e o Brasil. Estou estudando inglês e aprendendo alguns termos técnicos necessários. Eu quero me formar em física e fazer doutorado em astrofísica. A vontade surgiu da admiração que tenho por uma cientista do Rio Grande do Sul, a Márcia Barbosa, que estuda uma forma de dessalinizar a água através de nanotecnologia”, ressaltou.

Funcionamento do protótipo

Para quecer a água foi utilizado um recipiente inox, onde foi colocada a casa de vidro. As placas com espelhos aumentam a temperatura dentro da casa, de 31º para 81º graus, fazendo com que a água passe do estado líquido para o gasoso. Nesse estado, a água passa por duas mangueiras laterais e descem até o balde, já sem o sal.

Dessa forma, a substância estará pronta para receber tratamento de purificação e poderá ser usada para o consumo e para outros serviços, como lavar roupa.

“É claro que a quantidade ainda é pequena, mas quanto maior o protótipo, maior a quantidade de água conseguida. Além disso, volto a dizer, é questão de investimento”, finalizou Caio.

Fonte: G1

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